As Boas Práticas de Fabricação (BPF) são normas que devem ser seguidas no setor industrial para garantir a qualidade sanitária da produção e a conformidade dos produtos de acordo com a regulamentação técnica.
No Brasil, é a Agência Brasileira de Vigilância Sanitária (Anvisa) que institui as normas básicas de fabricação.
Ao contrário do que muitos podem pensar, as BPFs não são válidas apenas para indústrias de alimentação. Apesar de ser um setor que as utiliza de forma ampla por lidar com produtos sensíveis, a Anvisa possui regulamentações para diversas áreas, como a farmacêutica, por exemplo.
Mas do que trata exatamente as Boas Práticas de Fabricação, e, importante: por que tornar esse processo digital? É o que veremos neste blog post!
Como falamos acima, essa norma tem como objetivo garantir a qualidade de uma produção. E como fazer esse controle de qualidade?
– Orientando as atividades que fazem parte do processo produtivo e processamento dos produtos;
– Fiscalizando itens de relacionados à saúde e higiene dos colaboradores;
– Averiguando as condições das instalações, equipamentos, ambiente, matéria prima e resíduos;
– Determinando como os procedimentos devem ser realizados pela empresa;
– Antevendo a necessidade de manutenções.
É relevante reforçar que a regulamentação da Anvisa para os setores em específico é obrigatória – o que falaremos no próximo tópico.
Portanto, o não cumprimento, além de impactar diretamente na produção e na qualidade dos produtos pode gerar e multas para a empresa. Logo, o cumprimento das Boas Práticas de Fabricação é essencial.
E isso ocorre mais comumente do que se pode imaginar. Em 2017, por exemplo, na operação denominada Carne Fraca, diversos frigoríficos foram fechados e servidores afastados.
O motivo? Produção de alimentos que colocavam em risco à saúde dos consumidores, indo contra as Boas Práticas de Fabricação estabelecidas pela Anvisa.
Por isso, seguir o normativo é de extrema importância e não pode ser negligenciado no setor industrial.
Agora que já entendemos o que é e a importância das BPF, vamos conversar um pouco sobre quais setores podem – e devem – fazer uso delas.
Como falado acima, as indústrias alimentícias são as que mais utilizam as normas. Isso porque os alimentos podem trazer riscos diretamente ligados à saúde se manipulado de forma equivocada, comprometendo o bem-estar da população.
De acordo com a Embrapa, as Boas Práticas de Fabricação devem ser aplicadas desde a recepção da matéria-prima, processamento, até a expedição de produtos, incluindo a especificação de materiais, seleção de fornecedores e qualidade da água.
Além do setor alimentício, outras indústrias devem fazer uso das BPF. As fabricantes de medicamentos é uma delas. Em agosto de 2019, inclusive, foi aprovado o novo marco regulatório para a área.
Segundo a Anvisa, a norma permite o acesso seguro da população a medicamentos e aprimora o marco regulatório do Brasil, conforme padrões internacionais de referência, ampliando as exportações.
Ainda, o setor de cosméticos, insumos farmacêuticos saneantes e produtos para a saúde devem aplicar as boas práticas.
O regulamento, de acordo com a própria Anvisa, é disposto em forma de checklist. Então, como realizar o controle?
Você pode pensar em um processo que envolva papéis e planilhas, porém, já imaginou todos os riscos que você pode correr ao utilizar esse método?
O papel, além de ser altamente contaminável, não garante que as informações ficarão gravadas pelo que tempo que você precisar.
Além disso, o papel e as planilhas não permitem que você compile informações de forma fácil e visual, facilitando o processo de vistoria.
Dessa maneira, recomendamos que você realize o checklist de Boas Práticas de Fabricação de forma 100% digital. Em uma ferramenta como essa basta compilar todas as perguntas necessárias e realizar o preenchimento normalmente, verificando o que está conforme ou não.
Visto que as Boas Práticas de Fabricação são divididas por grupos e etapas – instalações industriais; pessoal; operações; controle de pragas; controle da matéria-prima; registros e documentação e rastreabilidade – você pode estruturar os checklists de acordo com cada uma delas, não deixando nenhum detalhe passar despercebido.
Assim, os principais benefícios são:
– Dados armazenados na nuvem e que podem ser compartilhados se necessário;
– O processo de vistoria é otimizado, visto que o preenchimento com papel e caneta é descartado;
– Todas as informações podem ser comprovadas com o registro de data, horário, localização e fotografias.
Ainda, com uma ferramenta digital você conta com a padronização total de processos através do Procedimento Operacional Padrão, o que é essencial quando falamos de vistorias e auditorias.
No blog post de hoje mostramos o que é e a importância de implementar as BPF. A nossa dica final foi justamente na estruturação dos checklists necessários, facilitando o processo através de ferramentas digitais.
Porém, esse não é o único procedimento realizado em uma indústria, não é mesmo? Por isso, preparamos um material que explica como o Videnci pode ser útil para o setor industrial.
Nele, listamos 5 motivos para utilizar a plataforma na sua operação. Para acessar é só clicar aqui!
Obrigada por acompanhar e até a próxima.
Existem pelo menos 7 tipos de inspeção de segurança que podem ajudar a identificar situações de risco em sua empresa. Com essas inspeções é possível atuar de forma preventiva para eliminar ou ao menos reduzir as chances da ocorrência de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e panes em maquinários. Quando as inspeções de segurança são […]
A prevenção de perda deve ser uma prioridade nas indústrias de todos os setores, já que prejuízos e desperdícios comprometem a saúde financeira da fábrica e impactam negativamente na competitividade do negócio. Quando falamos em perdas industriais, nos referimos a tudo aquilo que não agrega valor ao negócio e prejudica os resultados alcançados pela empresa. […]
Saiba como fazer uma gestão de prestador de serviço eficaz, cobrar resultados de forma assertiva e conheça recursos online que irão facilitar o processo.